sexta-feira, 12 de junho de 2009

DNA

Todos querendo dominar a maior fatia deste bolo
Que hoje indigesto e que faz as minorias vomitarem
Todo está doença endêmica que faz parte do nosso dia a dia
E que aceitamos como realidade necessária
Não conseguimos ver uma saída
Construir melhores opções
Qualquer proposta nova é considerada utopia
Mas se não trabalharmos para concretizar nossos sonhos
Não poderemos romper com sistemas tão perversos
Que dominam nossos cotidianos
O novo é necessário, o velho esquecido também deve ser revivido
Encontrar a formula nem tão mágica nem tão matemática
Mas de DNA humano, embutida em gens adormecidos
No fundo de nossas células, fazendo parte de nossa epiderme
Circulando em nossa respiração e fazendo parte de nossa humanidade
Só que esquecida em frágeis corações
E abandonadas em almas desorientadas.
Somos um laboratório em construção
A alquimia em transmutação
Revelará o que anseios e pensamentos já desenharam em nosso inconsciente
Concretizando em realidade
Tudo o que almejamos e merecemos
Simplesmente por termos nossa porção divina
E que ela seja a fogueira que nos aquece, une e protege
E um dia afastará todas as feras que nos habitam
Revelando esse ser que poderemos ser.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Quem sou

Eu ego me apresento
Eu ser me transmito
Eu carne me exponho
Eu corpo me comunico
Eu som irradio
Eu sou todo uma tremenda vibração

Palmatória do Mundo

Assistam o filme no Youtube da Cactos Intactos  chamado "Palmatória do Mundo".  Comigo e Gean Queiróz.  

domingo, 29 de março de 2009

Estertor











recorte de foto de Dan Farral


Ele está morrendo

Em seu momento terminal

Sofre, agoniza, resiste

Tentando se agarrar a matéria

Eu sinto prazer, alegria e me regozijo

Seu estertor me traz paz e esperança

Seu mundo é falso, artificial, cruel

E o lucro individual, sua maior meta

 

Você é de outro milênio

E não irá permanecer em novas eras

E eu prometo farei todo o possível

Para te sufocar, estrangular, eliminar

Nem te odeio, nem desprezo

Mas não tens espaço

No mundo que sonho, almejo e espero

Pois és, devorador, destruidor e até satânico

 

Farei tudo para te aniquilar

Não me farás sangrar a mim e aos meus irmãos

Já destruíste vidas, amores e esperanças

E nem todo dinheiro do planeta poderá te salvar

Teus cúmplices tentam te manter

Em estado vegetativo

Não podes criar, sentir ou pensar

Teu cérebro apagou

 

Só a sede milenar de poder

É que mantém tua respiração

Aproveite as últimas golfadas de ar

Pois até mesmo ele te será retirado

Não adianta igrejas rezarem

Pastores e políticos pregarem

Banqueiros e militares se reunirem

Governos deliberarem

 

Teu fim chegou

E como um profeta

Conclamo o povo a se unir

Pois a hora de festejar está chegando

E poderemos reviver

Velhos sentimentos esquecidos menosprezados

Beber em novas fontes

Com energias ocultas a nos alimentar

 

Valores seculares revividos

E a presença divina

Dos elementais

ar, terra, água e  fogo

 

Partirás daqui para sempre

Teu domínio se esvai capitalismo

Malsã, perverso

Doentio capitalismo

Chegas ao fim

Ensinaste o homem

O poder da posse, propriedade

E exploração do outro

 

Novos ares já circulam

Anunciando o que vem chegando

Por isso só sinto felicidade, paz e

Harmonia ao ver teu estertor

 

segunda-feira, 16 de março de 2009

Borboletas também sangram




















Borboletas também sangram
Aos suaves talhos de
Ágeis e ásperas plumas
Deslizando ao comando
De artistas celestiais
Na busca cruel e incessante
Da beleza plena

Borboletas também sangram e sofrem
Nos campos de batalhas
Nos lares, escritórios
E ao se verem preteridas
Postas de lado por exuberantes
Lagartas oportunistas
Ao tomarem o centro do jardim

Borboletas também sangram, sofrem e choram...
Mágoas perdidas em desencantos
De dias fúteis
Voam em rotas feridas
No atrito de violentas paixões marginais
E se esvaem em atmosfera densa e poluída
Onde entraram inocentes e desprevenidas

Borboletas também sangram, sofrem, choram e se desesperam...
A chicotadas de línguas ferinas a tentar
Diminuir seu esplendor e leveza
E desaparecem em lembranças varridas
Ao canto mais escuro do quarto
Embaixo do velho tapete persa
Puído por desinformadas e vorazes traças

Borboletas sangram
Sofrem choram
E se desesperam

Mas nunca desistem de voar...